sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Raro respeito...



Aproveitei o mais possível o tempo, durante o qual vi o acordo quanto ao Regime de Visitas respeitado. Eu e o Gonçalo passávamos cada minuto juntos sem o desperdiçar. O meu filho é uma excelente companhia, é conversador e bem disposto; questiona muito e dá opiniões, quanto a mim, adequadas e bem pensadas.
Passamos muito tempo a correr pelo parque da cidade. O Gonçalo adora jogar futebol por ali e, mal sai do carro no estacionamento começa a correr pelos caminhos de terra e relva. Recordo-me bem da alegria dele e da simplicidade com que por ali corria e absorvia o bom ar.
Eu aproveitei os sábados para o iniciar na prática do taekwondo. O taekwondo é uma arte marcial coreana que se consagrou como desporto olímpico oficial nas Olimpíadas de Sydney, em 2000. Era gratificante ver o meu filho a praticar aquele desporto e verificar o brilho no olhar, o sorriso expressivo e o orgulho no Mestre, o padrinho.
Em casa, antes de deitar ficávamos a ver filmes de banda desenhada ou a jogar play station. O Gonçalo adora cinema adequado à sua idade e nunca dispensa uma boa vitória na play station :)Enfim...os meses foram passando! Um dia apresentei-lhe uma pessoa…

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Até quando?

De um dia para o outro, sem qualquer palavra, sem um silêncio razoável, a mãe do meu filho passou a cumprir o Regime de Visitas. Depois de semanas, meses anos de incumprimentos reiterados e sucessivos, depois de tanto tempo a negar-me o dever de ser pai e, ao Gonçalo, o direito de ser filho, sem uma só explicação passei a contar com o cabal cumprimento do acordado pelo menos no que se refere aos fins de semana. Naturalmente continuei sem notícias relativas ao percurso escolar do Gonçalo e fui mantido distante das questões relacionadas com a sua saúde.
Confesso que naquela altura senti uma mistura de felicidade e angústia. Por um lado sentia-me alegre pela realidade de contar com a companhia do meu filho de quinze em quinze dias mas, por outro lado, não consegui deixar de sentir medo pelo que poderia vir a acontecer. Medo! O medo que hoje sinto quando penso no futuro, o medo de não saber o que pensará o Gonçalo deste afastamento, o medo de imaginar que ele pode esquecer o meu sorriso, o meu tom de voz, as nossas conversas. Sei que nunca o deixarei longe do meu coração e da minha memória mas, francamente, tenho medo!
Naquele tempo, apesar do repentino cumprimento do Acordo de Regulação Paternal, lembro-me que ficava extremamente nervoso sempre que me deslocava para ir buscar o meu filho e, a caminho, pensava sempre no que poderia suceder, que surpresa me poderia esperar! Nunca deixei de pensar: Será que hoje o meu filho vem comigo? Nunca tive certezas e esperei sempre por um ou outro acontecimento em desabono do meu direito, do meu dever de pai!
Hoje, confesso, sinto saudades daquela sensação de felicidade misturada com angústia. Na verdade, hoje, a esperança que me resta é bem menor do que naquele tempo. Não sei onde está o Gonçalo, não sei quem o ouve, desconheço quem o aconselha, quem o afaga, não sei se estuda, não sei se fez novos amigos, desconheço a nova realidade do meu filho. Gonçalo, estás a gostar da nova casa? Já estás na escola? Gostas do novo professor? Como te dás com o tempo quente? Tens andado de bicicleta? Ouves música? Tens visto algum filme? Tenho imensos filmes para veres quando voltares. Tens lido? Não te esqueças que é importante ler para escrever bem. Tenho muitas saudades tuas…temos muitas saudades!
Até quando? Até quando permanecerá este sufoco?
Poderei fazer mais? Tenho que continuar a confiar na justiça, nos magistrados aos quais está entregue este processo de família e menores, continuo a acreditar no Tribunal de Família e Menores do Porto. Vou aguentar, vou lutar para repor a ordem, os meus direitos, os direitos do meu filho. Até quando?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

...foi assim!

Depois de ter tido o privilégio de cuidar do Gonçalo num regime de guarda provisória, voltei a "perdê-lo"! Na verdade, o juiz do processo apenas tencionou compensar-nos pelos incumprimentos sucessivos e reiterados da mãe. No dia em que deixei o Tribunal com o meu filho sabia que tinha uma data certa e determinada para voltar com ele.
Ainda assim, eu mantinha a esperança de que tudo voltasse à normalidade e, principalmente que o acordo do regime de visitas fosse cumprido. Foram falsas as expectativas que criei!
Os incumprimentos recomeçaram e eu, uma vez mais...pai em pensamento!
Uma panóplia de factos e episódios mantiveram o Gonçalo longe de mim e da minha família. Lembro-me de o meu filho me ter contado que, enquanto eu tocava à campainha ele espreitava pelas pressianas e a mãe dizia-lhe para não falar!
Tudo se manteve assim até à Primavera do ano de 2007...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Falei com o meu filho!


No sábado, dia 16 de Fevereiro falei com o meu filho!
Tinha a indicação de um número de telefone móvel titulado pela mãe do Gonçalo. Liguei inúmeras vezes mas, ora ninguém atendia, ora desligavam a chamada, ora atendiam dizendo que era engano! No sábado passado, dia do meu 34º aniversário liguei de uma forma insistente. Do outro lado da linha atendeu uma criança: o meu filho!
Não calculam a mistura de emoções! A felicidade de o ouvir misturada com a saudade de o abraçar e a falta de com ele ter uma conversa fluente.
O meu filho foi respondendo às minhas questões de uma forma monocórdica. Perguntei se estava bem, respondeu "sim"; perguntei se sabia quem fazia anos, respondeu "não"; disse-lhe que era o aniversário do papa e perguntei se não me dava os parabéns, respondeu "sim"; perguntei se costumava ir à praia, respondeu "não sei"; perguntei se vinha a Portugal, respondeu "não". Achei que não devia perguntar-lhe muito mais como forma de o poupar e evitar o seu sofrimento. Adorei ouvir a voz dele mas, francamente, não consigo deixar de pensar como estará o meu bébé. Pareceu-me tenso e sobre uma enorme pressão. Que dirão ao meu filho? Que pensará ele de mim? Estou certo de que o Gonçalo confia no amor que sinto por ele mas, na verdade, é um menino de 8 anos e, como sempre se diz, "longe da vista, longe do coração".
Filho querido, penso sempre em ti, não vejo a hora de te dar um enorme xi coração e passar horas a ouvir-te! Adoro-te, és para sempre o meu anjo. Nunca te esqueço.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Por um curto período de tempo...

Em Maio de 2006 voltamos ao Tribunal. Desta vez, para além do pai e da mãe, compareceu ainda o meu filho. O juiz do processo decidiu ouvi-lo e colher a sua opinião. Confesso que me custou imaginar o Gonçalo, tão pequeno, a entrar numa sala de audiências ou no gabinete de um magistrado para ser ouvido num processo judicial.
Vi o meu filho no dia da conferência de pais. Chegou acompanhado pela mãe e pelo companheiro desta. Não me foi permitido cumprimentá-lo e fiquei por ali, à espera.
O Gonçalo foi ouvido! Desconheço o teor da conversa mas, finda a mesma o meu filho saiu do Tribunal comigo. O juiz do processo entendeu entregar-me a guarda por alguns dias. Penso que a intenção terá sido compensar os meses de ausência.
Foi uma experiência única poder voltar a ser pai de todos os dias!
Adorei acompanhar o Gonçalo ao colégio, ajudá-lo nas suas tarefas, brincar com ele, conversar sobre as suas preocupações e alegrias. Foram dias felizes!
Os meus pais, o meu irmão, demais familiares e amigos estiveram sempre presentes durante esse tempo e, finalmente, pudemos proporcionar ao nosso menino o melhor de nós.
Cuidei para que o Gonçalo mantivesse o contacto com a mãe. Defendo que o meu filho não pode ser privado de nenhum de nós.
Voltei a sonhar com uma vida normal! Em vão…os incumprimentos recomeçaram logo que o Gonçalo regressou à casa materna!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Como se dispensa um pai!


Depois de meses de incumprimento do Regime de Visistas estabelecido, lá fomos nós, eu e a mãe do Gonçalo para um ajustamento do acordo. Cansado e em conjunto com a minha então advogada decidi pormenorizar o acordo previsto, estabelecendo horas exactas para ir buscar e levar o meu filho. Fomos exaustivos relativamente às datas festivas ou outras consideradas de interesse. Apesar de o poder fazer nunca requeri qualquer indemnização à minha ex mulher pelos danos que me causou e que causou ao Gonçalo.
Foi estabelecido um novo acordo mantendo-se a guarda e o poder paternal a favor da mãe.
Entre Maio de 2005 e inícios de 2006 passei os momentos mais dolorosos de toda a minha vida. Sinto uma imensa tristeza quando me lembro dos tantos disparates por que passei. Fui destratado! Processos crime para a frente e para trás, contra mim, contra os meus pais, contra amigos meus enfim, uma panóplia de acidentes e incidentes que tanto lamento.
Na prática eu continuava a ser um pai em pensamento. Cada mês que passava as coisas íam piorando e eu era coagido de forma confrangedora a ficar longe do meu filho. Fui insultado, injuriado e difamado, impedido de estar com o Gonçalo, de falar com ele. Nunca entendi as razões da minha ex mulher e nunca vou entender. Na verdade, ambos decidimos trazer o Gonçalo à vida e, no dia em que nos separamos, pensava eu, estavamos bem resolvidos. Nunca imaginei possível tudo por que nos fez e faz passar a mim e ao Gonçalo.
Estive cerca de 5 meses sem ver o meu filho desde o dia 17 de Junho de 2005 ao dia 18 de Novembro de 2005. Durante todo este tempo não desisti de o ir buscar conforme acordado, talvez a minha persistência tenha levado a mãe a cumprir naquele fim de semana de Novembro.
Eu pensei que tudo voltaria ao normal mas, estava enganado. Depois do sobredito fim de semana só voltei a ver o Gonçalo em Maio de 2006 altura em que o Tribunal me entregou a guarda provisória!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Pai em pensamento!


Em finais do ano de 2004, início do ano de 2005 a mãe do Gonçalo começou a incumprir o Acordo de Regime de Visitas. Para além de não me atender o telefone durante a semana, para além de me omitir os locais onde o meu filho estudava ou, na altura, simplesmente passava os seus dias, para além de nada me dizer relativamente às maleitas físicas começou, de forma astuciosa a evitar-me aos fins de semana.
Todas as sextas-feiras lá ía eu até ao local onde vivia a minha ex mulher para ir buscar o Gonçalo...sem sucesso: um final de semana tocava à campainha e ninguém me atendia ou ficava horas à espera que o menino viesse, no outro final de semana recebia um telegrama a informar que o Gonçalo não poderia vir comigo por esta ou aquela razão, outro final de semana o menino tinha festas de aniversário de amigos e assim sucessivamente. O tempo foi passando e eu que chorava a passagem de um pai de todos os dias a um pai de fim de semana começava agora a ser um pai em pensamento.
O meu filho estava cada vez mais distante e sem opção. A mãe do Gonçalo havia decidido a vida dos dois, a minha e a do menino.
Nem consigo descrever a angústia, a sensação de perda e a impotência. Decidi recorrer aos Tribunais, decidi pedir a alteração do acordado numa tentativa de melhorar e continuar firme ao lado do Gonçalo.
Entretanto alimentei-me de recordações! Lembro-me do dia em que decidi levar o meu filho para experimentar sensações. Foi lindo :) Quando o coloquei sobre a areia a reacção dele foi de um sorriso e muita alegria mas, quando o coloquei sobre a relva ele reagiu com medo e tentou sair rapidamente. Amo o meu filho, que saudades!
Bom, o acordo foi alterado em Maio de 2005.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pai de fim de semana...


Depois da conferência de pais, no dia 4 de Dezembro de 2004, como tive já oportunidade de escrever, foi estabelecido um Regime de Visitas. Passei a ser um pai de fim de semana. A mim foi-me reconhecido o direito de ir buscar o Gonçalo às sextas-feiras, pelas 19h00m e ir levá-lo aos domingos à mesma hora. Pai de fim de semana! Eu, que desde o dia em que o meu filho nasceu abdiquei de tudo para estár perto dele, desisti de projectos profissionais, recusei propostas tentadoras e estabeleci como minha prioridade: o meu bébé! Eu, que desde que ele nasceu o tratei, lhe dei o primeiro banho, cortei pela primeira vez o cabelo e as unhas; eu que sabia os tempos certos para aquecer o leite, a quantidade exacta de papa...eu, pai de todas as horas passei a pai de fim de semana!
Lembro-me que, por essa altura a semana demorava a passar, senti-a um enorme vazio e os fins de semana eram rápidos, demasiado rápidos. Ainda assim, eu, o Gonçalo, os meus pais, o meu irmão e todos os nossos amigos e demais família conseguiamos aproveitar ao máximo aqueles dias. O meu filho foi sempre uma criança faladora e extrovertida que encanta pela oportunidade e simplicidade das suas opiniões. Lembro-me que durante o fim de semana falava imenso e, como costumava brincar com ele, "desgastava" a palavra "padrinho" de tanto chamar pelo meu irmão: " Ó padrinho, padrinho..." :)
Os meses foram passando...O meu filho entrava feliz no carro e vinha sempre com, nas palavras dele "um milhão de bilião de centenas" de ideias, de coisas que queria fazer, de pessoas que queria ver, de sítios onde queria ir. Enfim, uma criança cheia de energia que nunca dispensava as corridas na relva, os passeios de bicicleta, as histórias de encantar, os video jogos e tantas outras actividades.
Eu, pai de fim de semana, tentava acompanhar o crescimento dele com o cuidado e presença que me eram permitidos. Infelizmente, por mais que fosse tentando, nunca consegui que a mãe do Gonçalo falasse comigo sobre o que o menino ía passando e fazendo durante os dias úteis da semana. À sexta-feira tocava à campainha e o Gonçalo aparecia sózinho; ao domingo tocava à campainha o o Gonçalo entrava em casa da mãe pela porta semi aberta!
Já nessa altura eu achava que o meu filho precisava de um pai de segunda-feira a domingo mas, agora...saudades desses tempos filho!
A situação permaneceu assim até finais do ano de 2004, altura em que tudo mudou, tudo piorou!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Saí de casa...


O Gonçalo tinha 3 anos. Após um casamento de cerca de 4 anos, perante uma relação desgastada, pai e mãe decidiram-se pelo divórcio! Na noite de 13 de Maio do ano de 2003, cerca das 2h00m, após uma discussão, decidi sair de casa. Tomada a dificil decisão e reconhecido o fracasso de um projecto comum com a mãe do Gonçalo, ela pediu-me que não fosse sem o bébé. Saímos juntos, eu e o meu filho, e fomos para casa dos meus pais.
Durante cerca de 4 meses não tivemos quaisquer notícias da mãe do Gonçalo. Tentei ligar-lhe para falar com o menino, nunca me atendeu! A nossa vida corria com a tranquilidade possível. O Gonçalo, como é natural, demonstrava sentir falta do carinho materno mas, como disse, nunca consegui, durante aquele tempo chegar à fala com a minha, então esposa.
Surpreendentemente, em meados de Setembro de 2003 recebi um telefonema da mãe do meu filho. Pediu-me para a deixar passar parte da tarde com o menino. Como poderia negar-lhe? Fazê-lo seria desrespeitar o Gonçalo. Autorizei e, confesso, fiquei feliz por saber que isso deixaria feliz o meu bébé.
O horror chegou ao início da noite! A mãe não o voltou a trazer a casa dos avós paternos, não atendeu as minhas chamadas. Desde aí, até ao dia 4 de Dezembro nada soube sobre o meu filho. Aliás, foi com espanto que me deparei com um processo judicial interposto por ela a reclamar a guarda e poder paternal do menino. Voltei a ver o Gonçalo no dia 5 de Dezembro de 2003, dia do seu 4º aniversário.
Foi o início de uma história conturbada, despropositada que, por dever de lealdade para com todos os que, neste blog, me têm apoiado, contarei, de hoje em diante.
Obrigada a todos, bem hajam! Um abraço

Um desabafo...

Obrigada pela participação de todos.
No momento em que decidi criar este blog não tencionava, como não tenciono criticar ou atirar pedras. Não é a culpa de alguém que me move. O blog é uma forma de desabafo! Quero gritar ao mundo o que sinto como pai e como me faz falta o meu filho. Acredito na importância da minha presença na vida dele como admito que, não o ver e sentir é indescritivelmente doloroso.
Não quero culpar...
Não quero julgar...
Quero lutar pelo Gonçalo, por mim...pela nossa felicidade que só será plena no dia em que, um e outro nos tivermos uma vez mais. Onde está o meu filho?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Dias saudáveis!

No dia da Conferência de Pais em que o Tribunal de Família e Menores do Porto decidiu autorizar a ida do Gonçalo para Angola eu não consegui dizer ao juiz mais do que esta frase: "Se o meu filho entrar naquele avião eu sei que não o voltarei a ver"!
Tive a oportunidade de passar com o meu filho 4 dias entre o dia 18 e o dia 21 de Outubro. Como me diverti com ele! O Gonçalo adora correr na praia, rebolar na relva, brincar com uma bola, aproveitar os parques infantis, cantar e dançar. Foi bom levá-lo ao colégio e ajudá-lo a fazer os trabalhos de casa. Foi incrível acordá-lo ao amanhecer e reconhecer-lhe o sorriso. Nestes dias ouvi: "Pai, não quero ir para Angola, por favor pede à mãe e ao avó para me deixarem ficar contigo"! Que sensação...eu, PAI, não tenho como ajudar o meu filho. Eu, PAI fui a Tribunal pedir o poder paternal, pelo menos pelo tempo em que a mãe estaria em Angola...NEGADO! Lá me despedi do meu filho que, por seu lado se despediu de mim, da família, dos amigos...de tudo...até quando? Filho, não desisti de ti! Ligo todos os dias mas a mãe não atende ou desliga o telefone; vou todas as semanas verificar se, por um acaso não estarás em casa, cá em Portugal! Não desisto de ti!

Grito de desespero!



Atentas as mensagens que foram deixadas importa dizer: Este blog mais não é do que um grito de desespero de um pai que quer compartilhar a vida com o seu filho, o que lhe está vedado desde o dia 21 de Outubro de 2007, sem saber se, quando ou como o voltará a fazer.
Ser pai é estar presente! Neste momento, eu só posso estar presente na vida do Gonçalo em pensamento e, por essa razão, resolvi divulgar o que sinto através deste blog, com o cuidado de, se um dia o Gonçalo o vier a ler, não o magoar.

O nome completo do menino e da mãe...

Obrigada pelo apoio. É bom sentir que não estou só!
O meu amor pelo G. impede-me de o sujeitar a uma exposição em excesso. Por essa razão, acautelando consequências indesejadas, não divulgo os nomes completos. Aliás, para garantir o direito à imagem e à intimidade da vida privada também não tenho o direito de colocar imagens sem que as mesmas sejam tratadas e desfocadas. Lamento tanto mas...parece que só eu tenho deveres em nome de um direito que ainda não entendi!

Daqui por dez anos...


Como será daqui por dez anos?
O Gonçalo é uma criança de oito anos fruto do meu primeiro casamento. A guarda e o poder paternal do menino estão confiados à mãe sendo garantido à criança e ao pai um Regime de Visitas resultante de acordo judicial. Durante cerca de quatro anos nunca o Regime de Visitas foi integralmente cumprido. A mim, enquanto pai e ao Gonçalo foram sendo vedados direitos e impostos deveres absurdos. No dia 21 de Outubro de 2007 deixei, juntamente com a minha actual esposa o Gonçalo em casa da mãe...desde então nada sabemos dele! O Tribunal decidiu: O Gonçalo foi viver com a mãe algures em Angola...
Como será daqui por dez anos? Continuarei assim? Sem notícias?
O Gonçalo foi levado a meio do terceiro ano para um país que desconhece. Partiu na companhia da mãe que deixou em Portugal um filho mais novo. O Gonçalo foi embora e agora é-lhe vedado o contacto comigo, seu pai e com a família e os amigos paternos.
Guardo tudo o que é dele...guardo o sorriso e as palavras! O Gonçalo merece saber do pai...Como será daqui por dez anos?

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Razão de um Blog...



Com a criação deste blog pretendo divulgar e recolher apoio para uma daquelas histórias inacreditáveis, uma história digna de um "Nós por cá"!
Aos 7 anos, prestes a completar 8, o Gonçalo, meu filho, foi afastado de todos os seus familiares, de todos os seus amigos, de tudo o que, em tão tenra idade, tinha como "o seu mundo". O Gonçalo partiu para Angola na companhia da mãe. O Gonçalo foi afastado do pai! Filho Para Sempre...uma luta para devolver a uma criança o seu mundo e o seu contagiante sorriso. Preciso de todos!